Brianne Howey de Scream Queens será uma nova adaptação da personagem, com outro nome. CADA NOTÍCIA SÓ MELHORA!
A primeira “BOA” notícia foi que a FOX inventou de fazer uma série de O Exorcista e encomendou o piloto dirigido por Rupert Wyatt (Planeta dos Macacos: A Origem). A segunda “BOA” notícia foi que o roteiro será de Jeremy Slater, responsável por escrever dois dos PIORES FILMES do ano passado: Renascida das Trevas e Quarteto Fantástico.
A novidade da vez é que Brianne Howey, de Scream Queens, foi escalada para o elenco, no que potencialmente parece ser uma nova versão da Regan McNeil. A personagem se chamará Charlotte, uma ex-dançarina de balé, outrora uma menina de ouro, que não é mais a mesma desde que sofreu um terrível acidente. Depressiva e anti-social, ela está enclausurada e vigiada. Seu comportamento está tão estranho que sua mãe começa a acreditar que ela está sendo influenciada por um demônio, embora o pensamento faça Charlotte dar risada.
Não será uma criança possuída e nem os mesmos personagens, então pelo menos o clássico está a salvo e intocado, mas já de cara vemos que não será uma adaptação do livro de William Peter Blatty, e sim uma moderna reinvenção da cabeça de todos os envolvidos, seja lá o que isso queira dizer.
O projeto vem sendo descrito como “um propulsivo thriller psicológico serializado seguindo dois diferentes homens lidando com o caso de uma família aterrorizada pela possessão demoníaca, tendo de confrontar a face do Pazuzu mal.
Uma bobagem divertida que agrada tanto fãs de zumbis, gore e ação, quando fãs de comédia, romance, e claro, da sofrência de Jane Austen
Você é fã de filmes de zumbi, de gore e de porradaria. Sua namorada é fã de Jane Austen e filmes sofrência. Ou vice versa. Suas brigas intermináveis em escolher o que assistir no cinema terminaram, ou pelo menos, ganharam uma trégua, com a estreia de Orgulho e Preconceito e Zumbis nessa quinta-feira nos cinemas brasileiros.
Vai por mim, o longa do diretor Burr Steers, inspirado no livro mashup de Seth Grahame-Smith, vai agradar ambos. É uma grande bobagem, fato. Mas uma bobagem divertida, que passeia pelo terror, ação, romance e comédia, e se mostra como um passatempo despretensioso, daqueles filmes deliciosamente toscos que você nem vê o tempo passar.
Lançado na época da febre dos mashup literários, Smith pegou o famoso romance de Jane Austen, que traz a história de Elizabeth Bennet lidando com problemas relacionados a educação, cultura, moral e casamento na sociedade aristocrática britânica do Século XIX, e principalmente, seu romance conturbado com o egocêntrico, orgulhoso e preconceituoso Mr. Darcy, e colocou-o no meio de uma hecatombe zumbi.
Uma misteriosa praga se espalha pela Inglaterra, confinando a capital Londres atrás de uma muralha, e após uma violenta guerra contra os mortos-vivos e de uma parcial vitória, algumas das famílias abastadas passam a voltar para os campos, morando em grandes casarões fortificados. Mr. Darcy, ou Coronel Darcy, como gosta de ser chamado, vivido por Sam Riley, é o mais voraz e eficiente caçador de zumbis do reino, que não tem misericórdia das criaturas comedoras de carne humana e usa de moscas carniceiras para detectar os infectados.
Image may be NSFW. Clik here to view.As Bennetts ninjas
Do outro lado temos Elizabeth Bennet, papel de Lily James (que fisicamente lembra muito a Keira Knightley, protagonista da famosa e mais recente adaptação cinematográfica de Orgulho e Preconceito), que junto de suas outras quatro irmãs, foram enviadas para a China para se tornarem mestres shaolin nas artes marciais e em várias armas brancas. Tá bom pra você?
Os caminhos dos dois se cruzarão quando o amigo de infância de Mr. Darcy, o belo e cheio da grana Mr. Bingley (Douglas Booth) resolve fazer um baile na tentativa de encontrar uma futura esposa, e a Sra. Bennett quer que alguma de suas filhas se case com um homem de posses. Elizabeth é a única que não tem interesse em arrumar marido, só nas tretas. Quando os zumbis invadem o baile, as irmãs Bennet se colocam em ação, junto com Mr. Darcy, para enfrentar as horrendas criaturas, e daí começa a relação de amor e ódio entre os dois personagens, principalmente depois que o sujeito vê a moçoila em combate.
Mais tarde, surge um terceiro elemento nessa história, o Mr. Wickham (Jack Huston), militar, charmoso, polido e que desenvolve uma queda por Elizabeth e também mantém o mesmo desprezo por Darcy, por conta de questões familiares. Diferente dos demais combatentes, ele acredita que seja o momento de tentar encontrar um diálogo com os zumbis, que são em maioria e esse desequilíbrio na balança uma hora irá ser responsável pela derrota da Grã-Bretanha, que já tem seus recursos praticamente escassos por conta dos anos de guerra.
Ele descobre que a fome e o comportamento agressivo deles é proveniente de sua alimentação por cérebro humano, mas que eles podem ser controlados se alimentados de cérebro de porco, como descoberto em um pequeno vilarejo de zumbis que vive em paz na Paróquia de São Lázaro. O lance é uma coexistência pacífica entre os dois.
Image may be NSFW. Clik here to view.Carne nobre!
Como um bom clássico zumbi, o filme tem lá suas doses de crítica social, seguindo a escola de George A. Romero, e no final fica bem claro, quando descoberto o verdadeiro vilão da história, que os humanos são sempre piores que os mortos, o que forçará uma aliança entre Elizabeth e Mr. Darcy, de onde florescerá seu amor.
Mas isso é o de menos, porque a regra do dia de Orgulho e Preconceito e Zumbis é a galhofa, principalmente encarnado no personagem Parson Collins (Matt “Dr. Who” Smith), definitivamente o mais engraçado personagem do longa. Para os fãs de Games of Thrones, vale também ver dois Lannisters, pai e filha, na tela grande: Sr. Bennet, vivido por Charles Dance, o Tywin e Lady Catherine de Bourgh, interpretada por Lena Headey, a Cersei.
Os grandes méritos, e consequentemente acertos, de Orgulho e Preconceito e Zumbis é não se levar a sério desde o começo, primando apenas pelo puro e simples entretenimento besta, não ter vergonha de parecer ridículo (e ele é) em vários momentos, tirar sarro da sua própria cafonice e não abusar das sequências de ação e lutas coreografadas, e não se importar com a violência gráfica em off. Em compensação, era completamente desnecessária algumas maquiagens dos zumbis feitas de CGI, em pleno 2016, época em que The Walking Dead elevou o patamar dos efeitos práticos das criaturas desmortas na televisão.
Deu um match no Tinder ou um crush no Happn e quer um programa a dois que misture mortos-vivos, comédia besteirol e romance piegas? Orgulho e Preconceito e Zumbis é a pedida certa!
2006 / Coréia do Sul / 120 min / Direção: Bong Joon Ho / Roteiro: Bong Joon Ho, Ha Won-jun, Baek Chul-hyun / Produção: Choi Yong-bae, Joh Neung-yeon; Jang Junyoung; Kim Lewis Taewn (Coprodutores); Jeong Tae-sung, Kim Woo-Taek (Produtores Executivos) / Elenco: Song Kang-ho, Byeon Hie-bong, Park Hae-il, Bae Doona, Ko Ah-sung
Sem papas na língua: O Hospedeiro é o melhor filme de monstro do Século XXI. Chupa Cloverfield, Godzilla, King Kong, Círculo de Fogo e todos os outros! E não só isso, ele é o mais ~diferentão, bem humorado, e que por conta da direção exímia e impecável do sul-coreano Bong Joon Ho, o mais plástico, estético, e sensível de todos também.
E tem mais, mistura a fórmula prosaica de filme de monstro com outros elementos em uma maestria tão grande, que é impossível passar incólume a O Hospedeiro. Ao mesmo tempo da narrativa convencional do herói improvável, da família a mercê da criatura e da união na tentativa do resgate e destruição a ameaça, ele possui um tom de humor irônico e rasgado com situações verdadeiramente vexatórias, também traz aventura, um drama familiar e um cavalar comentário sociopolítico e ambiental, como um tapa na cara tanto do governo coreano quanto os americanos.
Começa já com um cientista americano mandando despejar um produto tóxico – e mutagênico, diga-se de passagem – no rio Han, em Seul, por conta de um simples TOC. O funcionário obedece, mesmo a contragosto e dizendo dos perigos daquele ato, e o que veremos tempos depois é uma gigante criatura mutante anfíbia saindo das águas do rio para atacar os banhistas em uma tarde aparentemente normal.
Hie-bong é um senhor de idade que tem uma barraca no local e vive com sua família, o atrapalhado Gang-doo e sua filha pequena, Hyun-seo. Fazem parte também desse núcleo familiar o irmão universitário desempregado, Nam-il e a arqueira Nam-ju. O colapso entre eles acontecerá quando a criatura, brilhantemente criada pela Weta Digital de Peter Jackson, ataca o local, causando pânico e uma série de mortes, e rapta a pequena Hyun-seo, em um descuido do lerdo do seu pai.
Image may be NSFW. Clik here to view.Se ficar o bicho come…
Incialmente ela é dada como morta (a cena do funeral coletivo é de rolar no chão de tanto rir, tamanho o exagero caricato que Bong imprime, fora a atuação perfeita de todos os envolvidos), e todos os que tiveram algum contato com a criatura são colocados em quarentena com risco de uma possível infecção. Até que a menina consegue telefonar para o celular de seu pai, que descobre que ela está viva em algum sistema de esgoto, onde o monstro leva suas presas para digeri-las futuramente. Daí a família foge do hospital e tenta desesperadamente encontrar o covil do monstro para resgatar a menina.
Apesar do humor escrachado e dos elementos de drama e crítica social e todos os subtextos e camadas presentes em O Hospedeiro, ele não deixa absolutamente nada a dever aos clássicos de monstro, com momentos de verdadeira tensão e terror, principalmente na sua metade final, que com certeza vão agradar todos os fãs do subgênero e aquele espectador habitual de blockbusters. E ao mesmo tempo, toda a beleza estética, fotografia e uso brilhante de cores e da trilha sonora, atraem aqueles que gostam de filmes artsy para o lado da produção fantástica, numa amálgama perfeita.
O enredo é baseado em um acontecimento real nos idos dos anos 2000 na Coreia do Sul (não o monstro, por favor) quando um militar americano despejou dejetos tóxicos no rio Han, mesmo contra a objeção de seu subordinado local. Nada mais contundente do que a mensagem pesada contra as mentiras do governo, a inabilidade em lidar com uma crise desse, hã, tamanho, a cortina de fumaça imposta na crise e principalmente a interferência militar americana em outros países, doutrina do governo Bush naqueles tempos.
O Hospedeiro é um SENHOR filme, sendo a maior bilheteria de cinema de um filme sul-coreano (mais de 13 milhões de tickets vendidos – o que significa mais de 20% da população do país) e se tornou o filme mais assistido do país, fazendo sucesso também no resto do mundo até pela sua trama de entendimento global e sua estética que mistura o mainstream com independente, a competência de seus atores, um roteiro inteligentíssimo e claro, a capacidade de Bong Joon Ho, que acabou por catapultar sua carreira, depois nos entregando os igualmente brilhantes Mother – A Busca Pela Verdade e Expresso do Amanhã, sua primeira incursão hollywoodiana.
Na última quinta-feira (25) rolou o primeiro Hangout do 101HM, onde os intrépidos Marcos Brolia, Angelus Burkert, Daniel Rodriguez e Niia Silveira, além da participação do Bruno “Bom Filme” Golfette, comentaram sobre vários assuntos do terror nosso de cada dia: cinema, estreias, séries, livros, novidades e tudo mais, além de uma prévia sobre A Bruxa, que já assistimos e estreia na semana passada.
Escute nosso piloto no canal do YouTube do 101HM e diga aí o que achou!
Filme baseado na obra de Stephen King terá Edris Elba e Matthew McConaughey no elenco, e lançamento está previsto para janeiro de 2017
Essa é para os fãs de Stephen King glorificarem de pé!
Agora é oficial, e segundo um twit do próprio escriba do Maine, A Torre Negra, adaptação cinematográfica de sua famosa obra, entrou em produção. E ainda aproveitou para confirmar que Idris Elba e Matthew McConaughey no elenco.
Escrito e dirigido por Nikolaj Arcel (Os Homens que Não Amavam as Mulheres), parece que a coisa finalmente vai para frente, depois de diversas tentativas frustradas em levar o livro para as telas no decorrer dos anos, e Elba – também conhecido como “um negro maravilhoso” pelo nosso colaborador Daniel Rodriguez – irá interpretar o pistoleiro Roland Deschain, e o oscarizado McConaughey, o vilão Homem de Preto. Há também um rumor que o papel de Tirana pode ser de Abbey Lee (Mad Max: Estrada da Fúria), a quem fora oferecido.
A Torre Negra tem estreia prevista nos EUA para 13 de janeiro de 2017. Você aí todo ansioso, fique ligado no 101HM para novidades.
2006 / EUA, Canadá / 114 min / Direção: Darren Lynn Bousman / Roteiro: Leigh Whannell / Produção: Mark Bug, Gregg Hoffman, Oren Koules; Greg Copeland (Coprodutor); Troy Begnaud (Produtor Associado); Peter Block, Jason Constantine, Stacey Testro, James Wan, Leigh Whannell (Produtores Executivos) / Elenco: Tobin Bell, Shawnee Smith, Angus Macfadyen, Bahar Soomekh. Donnie Wahlberg, Dina Meyer
Duas considerações essenciais para se começar um texto sobre Jogos Mortais 3. 1) Ele é infinitamente melhor que Jogos Mortais 2, e entra num seletíssimo rol de filmes em que o terceiro é melhor que o segundo. 2) A franquia deveria ter sido uma trilogia e terminado por aqui, porque depois… Só lamentos!
Além disso, também é o mais violento, sujo, grosseiro e gráfico da série, chegando talvez no limite do aceitável (para alguns) do infame subgênero torture porn, que a própria série ajudou a pavimentar naqueles meados dos anos 2000. E olhe que o filme teve de ser enviado SETE vezes para o MPAA para ganhar uma classificação R – proibido para menores de 17 anos sem acompanhamento de pai ou responsável.
Com o sinal verde para Jogos Mortais 3 dado logo após o estouro de bilheteria no final de semana de abertura do anterior, o longa inicialmente não teria a volta de James Wan, Leigh Whannell e Darren Lynn Bousman, respectivamente como escritores e diretor do filme. Porém com a morte do produtor dos dois primeiros, Greg Hoffman, o trio decidiu levar o que é a última incursão do vilão Jigsaw, na pele de John Kramer de Tobin Bell, às telas, completando o arco de histórias que se iniciou em 2004, e principalmente, traçando o destino do “não assassino serial” e de sua fiel escudeira e aprendiz, Amanda Young (mais uma vez vivida por Shawnee Smith), o verdadeiro objeto de teste desta história.
Image may be NSFW. Clik here to view.Operação no SUS
A trama, apesar do botão de suspensão de descrença ter de estar apertado no máximo, pelo menos voltou a colocar o vilão, mesmo que nas últimas, tomado pela metástase do câncer em seu cérebro, no controle da situação, ao invés da forçada de barra do roteiro do segundo filme, voltando para o básico, que foi o sucesso da originalidade de Jogos Mortais: colocar duas pessoas apenas no jogo, com seus deturpados conceitos de “dar valor à vida”, e limitar os acontecimentos apenas à suas ações, mesmo que friamente calculadas e antevistas pelo famigerado vilão.
O roteiro de Whannell, em cima da história do próprio e de Wan, apesar de reescrito diversas vezes, inclusive cenas em guardanapos finalizadas cinco minutos antes de algumas filmagens (isso sim é planejamento!) traz alguns elementos interessantes e um plot twist dos mais legais, envolvendo as duas vítimas do assassino do quebra-cabeça: a médica Lynn (Bahar Soomekh), raptada para tentar manter Kramer vivo o tempo necessário em que Jeff (Angus Macfadyen) complete um terrível jogo que envolve pessoas ligadas a trágica morte de seu filho em um acidente de carro, que acabou com sua vida e casamento.
Daí lógico, que toda trama, apesar de ter ligação direta com os acontecidos dos dois filmes anteriores, trazendo novamente seus personagens principais, incluindo aí o Detetive Matthews (Donnie Wahlberg) preso no final de Jogos Mortais 2 (que já começa o filme esmagando o próprio pé para se livrar da corrente, em uma cena violentíssima), Kerry (Dina Meyer), que acaba presa em uma armadilha de Amanda, e já deixando pistas sobre o futuro da franquia, principalmente com o debute do detetive Hoffman (Costas Mandylor), esta lá só pelo gore fest, o sadismo e claro, as armadilhas mirabolantes.
Image may be NSFW. Clik here to view.Criador e criatura
Enquanto nossa amiga médica está com um colar preso ao pescoço, ligado aos batimentos cardíacos de Jigsaw, que irá explodir sua cabeça se o sujeito bater as botas, Jeff terá de escolher entre a vida e a morte de pessoas ligadas ao caso do atropelamento de seu filho, como a testemunha, que está nua em uma câmera frigorífica onde um jato de água é jogado sobre ela, congelando-a aos poucos; o juiz, que deu uma sentença pífia para o acusado, que NA MELHOR, MAIS NOJENTA E INSANA armadilha da série – preferida de Tobin Bell, inclusive – que vai sendo coberto-afogado-asfixiado pelos restos mortais de porcos jogados em um triturador (sério, precisa de estômago forte para essa cena!); e o motorista que atropelou a criança, preso em uma armadilha quase medieval de torção dos membros.
Mas como se não bastasse tudo isso, ainda tem aquela famosa cena de cair a pressão, da cirurgia no cérebro de Jigsaw, filmada praticamente em close, sem o menor pudor, onde Lynn abre a caixa craniana do sujeito para aliviar a pressão causada pelo tumor. Ironicamente, a sequência mais gráfica do filme, passou incólume pelo MPAA, sem nenhum corte, uma vez que os realizadores alegaram que não havia nenhuma diferença do tipo de coisa mostrada em qualquer documentário médico exibido na TV. Vale um adendo que até a direção de Bousman está menos afetada e cheio de recortes de edição vidoeclíptica que o segundo filme.
Jogos Mortais 3 tinha TUDO para encerrar a série com chave de ouro, com a morte de Jigsaw, a morte de Amanda, a morte de Eric Matthews (ideia original do roteiro, morto pela moça descontrolada, mas vetada para a continuação futura da franquia e a volta do personagem na quarta parte), e todo o ciclo do trio Wan-Whannell-Bousman se concluindo decentemente. Mas NÃO, claro que isso NUNCA aconteceria no cinema de horror, ainda mais com o terceiro filme sendo a maior bilheteria internacional da franquia. Assim como os slashers dos anos 80, Jogos Mortais virou Brasil, com sequências uma pior que a outra sendo lançadas todos os anos, até seu final decadente. Novidade…
Depois do escritor Rhett Rheese, foi a vez de Jesse Eisenberg falar sobre a possível volta de Tallahassee, Columbus e cia limitada!
Todo mundo gostaria de ver a volta de Tallahassee, Columbus e cia limitada em um hipotético Zumbilândia 2, certo?
O roteirista Rhett Resse disse na semana passada que o projeto atualmente está em desenvolvimento pela Sony, e Jesse Eisenberg deu uma entrevista para a EW falando sobre Batman vs Superman, onde ele interpreta o vilão Lex Luthor, esbarrou no assunto e comentou a vontade de uma continuação e a importância de um ótimo roteiro para que ele siga em frente:
“Seria incrível fazê-lo. Eu sei que eles estão tentando a um tempo, e sei que estão tentando imaginar como isso aconteceria. Zumbilândia é o tipo de filme que quando saiu, pareceu apropriado para ganhar uma sequência. Encaixaria-se neste estranho mundo criado e trouxe um conjunto de personagens interessantes que seria curioso ver novamente. Eu espero que aconteça e sei que todo mundo ficaria feliz também. Ele é um filme estranhamente amado, então as coisas tem que ser feitas do jeito certo. Algumas sequências, você não faz a coisa certa, mas essa tem de ser feita porque muitas pessoas gostam por razões pessoais, mesmo sendo uma comédia sobre zumbis”.
Apesar das infinitas reprises de Zumbilândia na TV à cabo, a ponto da exaustão, ele ainda é um queridinho e seria demais MESMO vermos Eissenberg, Woody Harrelson e Emma Stone de volta àquela universo, e quem sabe, até uma volta de Bill “Fuckin” Murray zumbi, quem sabe?
A viagem ao inferno de Can Evrenol será lançado em VOD e alguns cinemas dos EUA em 25 de março.
Lembra que no começo do ano fizemos um TOPE NOVE dos filmes mais aguardados de 2016, onde A Bruxa, que estreia nesta quinta estava em primeiro lugar – BTW, já leu a resenha aqui no 101HM antes de ir ao cinema? Pois bem, o turco Baskin, de Can Evrenol (que levou o título de melhor diretor do Fantastic Fest), tinha levado a medalha de prata em nossa aposta.
A sua première no Midnight Madness no TIFF arrancou elogios, gerou um puta buzz e chegou-se já a um consenso que é uma incrível obra de horror. “Pega o espírito de Hellraiser de Clive Barker, preenchendo a tela com todos os tipos de imagens de pesadelo”, cravou Brad Miska do Bloody Disgusting.
A boa notícia é que o longa, que terá distribuição da IFC Midnight será lançado em VOD e alguns cinemas americanos no dia 25 de março. Nem espero que vá ser lançado no Brasil, já vou avisando. Mas se saiu on demand, já sabe…
Na trama cinco policiais trabalhando no turno da noite no meio do nada são chamados para investigar uma perturbação. Isolados e sem reforços, eles se encontram confrontando ruínas labirínticas. Entrando cada vez mais fundo no covil, fica claro que eles encontraram o mais profundo poço de um terrível mal… um covil esquálido e ensanguentado de um ritual liderado pelo Pai, o mestre de todos os seus pesadelos, que os lançará ainda mais fundo na toca do coelho e para dentro das entranhas da loucura.
Assista ao trailer aí embaixo e já comece a segurar a ansiedade!
2006 / EUA / 91 min / Direção: Jonathan Liebesman / Roteiro: Sheldon Turner / Produção: Michael Bay, Mike Fleiss, Andrew Form, Brad Fuller, Kim Henkel, Tobe Hooper; K.C. Hodenfield, Alma Kuttruff (Coprodutores); Scott Rettberg (Produtor Associado); Jeffrey Allard, Toby Emmerich, Robert J. Kuhn, Mark Ordesky, Guy Stoedl (Produtores Executivos) / Elenco: Jordana Brewster, Taylor Handley, Diora Baird, Matt Bomer, R. Lee Ermey, Andrew Bryniarski
Gente, sou só eu, ou O Massacre da Serra Elétrica – O Início é BEM LEGAL? Atrevo-me a dizer que até melhor que o remake, lançado três anos antes, ou eu tô muito louco em curtir esse filme?
Engraçado que eu tive essa percepção a primeira vez que o assisti, quando lançado diretamente em DVD por essas bandas, e quando fui revê-lo para escrever essa humilde resenha, continuei achando a mesma coisa. Tá, tirando todos os defeitos que são provenientes dessa nova “franquia”, que já ficou escancarado em O Massacre da Serra Elétrica(principalmente o Leatherface bolander), achei um puta filme sujo, violento, gráfico e com R. Lee Ermey simplesmente roubando a cena!
Na real, o Leatherface parrudo do ex-fisiculturista Andrew Bryniarski é um coadjuvante de luxo, sendo que o papel do Titio Charlie Hewitt/ Xerife Hoyt, mesmo que claro, sempre trazendo o mesmo vício de atuação de Ermey desde Nascido para Matar de Stanley Kubrick (fica evidente na hora que manda um dos pobres diabos pagar flexões enquanto o espanca), é o principal personagem e quem realmente torna o filme interessante, pensando em termos de carga dramática, se descontarmos a grosseria e o gore. Ermey está ótimo como aquele maluco psicopata e carrega o filme inteiro nas costas, sendo o vilão que dá gosto de ver em cena, ao invés do nosso amigo cara de couro anabolizado, assassino slasher padrão dos anos 2000.
Image may be NSFW. Clik here to view.Funcionário do mês da JBS
Aliás, o mais interessante de O Massacre da Serra Elétrica – O Início é ele dar devida voz a família “serra elétrica”, algo preponderante no original de Tobe Hooper e até suas sequências diretas, mesmo que em níveis de loucura diferentes, por assim dizer, e contextualizar historicamente os acontecidos em final dos anos 60 e começo dos anos 70, com a Guerra do Vietnã de pano de fundo, que veio a detonar o “sonho americano” e levar o país a uma derrocada pessimista, que influenciou uma onda de cineastas, assim como o cinema americano daquela década e pode fazer algo tão transgressor como O Massacre da Serra Elétrica original existir.
Mas não só isso, completamente ignorado no filme anterior, esse prequel volta a uma questão básica do contexto da “família serra” e que causou tamanho choque e depravação quando o longa de Hooper chegou as telas: o canibalismo! Sequer mencionado no longa de Marcus Nispel, aqui temos a confirmação que os Hewitt gostavam sim de um bom guisado de carne humana, e tal qual uma Scarlett O’Hara deturpada, esse recurso antropofágico foi feito sob juras de nunca mais passar fome novamente.
Aliás, a intenção mesmo dessa prequela é exatamente contar como os Hewitt surgiram, partindo do nascimento de Leatherface no final da década de 30, terrivelmente deformado e com problemas mentais, que foi adotado por aquele bando de lunáticos, e a falência daquela pequena cidade do Texas quando o matadouro que girava a economia local foi fechado pelo Departamento de Saúde Pública, condenando a cidade e tornando-a um local perfeito para o desaparecimento de turistas que aparecem para o jantar.
Image may be NSFW. Clik here to view.Vocês viram um recruta chamado Pyle passar por aqui?
Originalmente os produtores da Platinum Dunes, Andrew Form e Brad Fuller não tinham o menor interesse em fazer uma sequência de seu O Massacre da Serra Elétrica, porém com o questionamento dos fãs, interessados em alguns detalhes da família Hewitt, como o surgimento do Leatherface, como Monty perdera as pernas e como o Xerife Hoyt perdeu os dentes da frente – e mais, como aquele sujeito era xerife, ambos se reuniram com Michael Bay, explodiram alguns prédios (mentira, isso não aconteceu…) e deram o start na produção.
Bom, como disse lá em cima, O Massacre da Serra Elétrica – O Início é um filme brutal pra burro! A dose de sujeira e violência gráfica está lá no alto, para quem é fã de um verdadeiro gorefest. Bom, é o mínimo, né? Mesmo que o original de Hooper tenha pouquíssimo sangue derramado, para a geração do torture porn, o longa deveria ser escabroso e aumentar a escalada de sadismo e brutalidade do antecessor. E ele bem consegue, viu. Algumas cenas são tão violentas, que o filme teve de ter 17 cenas editadas para fugir do NC-17 e ganhar um R ao ser mandando para o MPAA. Por isso, recomenda-se a versão uncut, a qual chegou ao nosso mercado de home vídeo.
Claro, O Massacre da Serra Elétrica – O Início não tem profundidade nenhuma e nem é um grande clássico do terror, longe disso, mas ele satisfaz aquilo que se propõe, divertido como um horror pipoca do cinema mainstream, com uma boa dose de sangue, e que agrada exatamente o público, como planejado. E claro, seu final é bem EVIL. Então, gosto bastante!
Image may be NSFW. Clik here to view.Caminhando contra o vento…
Já sabem quem você irá chamar se houver algo estranho em sua vizinhança nesse ano! E agora você pode finalmente vê-las em ação no trailer (esse aí embaixo) de As Caça-Fantasmas, que estreia no dia 15 de julho aqui no Brasil.
Dirigido por Paul Feig, o longa traz um novo time feminino composto por Melissa McCarthy, Kristen Wiig, Kate McKinnon e Leslie Jones e ainda contará com participações especiais de Bill “Fucking” Murray, Dan Aykroyd, Ernie Hudson, Annie Potts, Sigourney Weaver e… O GELÉIA! \o/
No elenco, ainda teremos Andy Garcia, Michael Kenneth Williams, Matt Walsh, Pat Kiernan e Chris Hemsworth.
Lembra quando noticiamos aqui sobre o remake de Suspiria, a obra-prima de Dario Argento, certo?
Luca Guadagnino é o diretor, na refilmagem que se passará em Berlim no ano de 1977 e foi anunciado que Dakota Jonhson, de 50 Tons de Cinza (ouch!) foi confirmada no elenco como protagonista, provavelmente papel pertencente a Jessica Harper no original, além de Tilda Swinton, que já trabalhou com Guadagnino em A Bigger Splash.
Não sei mais o que pensar, só sentir (ravia)…
Ainda não há uma data prevista para o lançamento, que apenas começou a tomar forma, então fique ligado no 101HM para novidades.
Ai, a bruxa vem aí, e não vem sozinha, vem na base do TOPE NOVE! Isso mesmo, aproveitando a tão antecipada estreia de A Bruxa, taí uma lista com os melhores filmes envolvendo a personificação feminina da maldade, adoradora de bodes, meretriz de Satã, que irá te enfeitiçar.
E não, Jovens Bruxas, Da Magia à Sedução, Abracadabra e Convenção das Bruxas não tem vez aqui! E muito menos aquela aberração lá do Rob Zombie! :P
Nos EUA do século XVII, uma bruxa é condenada à fogueira (ah, vá), jura vingança e joga uma maldição sobre toda uma pobre cidadezinha. Passados centenas de anos, um professor interpretado por Christopher Lee, recomenda a cidade para seus estudante. Desconfie…
Image may be NSFW. Clik here to view.Hospede-se e ganhe facada sob observação de Lee
Baseado na história Nikolai Gogol, o filme soviético traz um jovem padre ~que se mete com uma bruxa (que o usa de vassoura, detalhe) em um pequeno vilarejo e precisa passar três noites velando um corpo, com sua fé hesitante e umas doses de vodka, quando passa a ser visitado pelo tal “espírito do mal”.
Image may be NSFW. Clik here to view.E lá vamos nós!
Queime bruxa, queime! Dirigido por Sidney Hayers e roteirizado por Charles Beaumont e Richard Matheson, um professor universitário cético descobre que sua esposa vem praticando bruxaria há anos e quando resolve ser um macho-babaca e obrigar que ela pare com aquilo, tudo de ruim passa a acontecer com ele.
Image may be NSFW. Clik here to view.Donald Trump vencendo as eleições americanas
O caçador de bruxas Matthew Hopkins é um dos melhores papeis da carreira de Vincent Price! Passado durante a Guerra Civil Inglesa no século XVII, o cruel homem passa de vilarejo em vilarejo, seguindo ordens do Parlamento, para processar e executar bruxas, tudo na maior feladaputagem.
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Primeiro filme que registra o período de Caça as Bruxas da Idade Média, Häxan, com seu tom documental, traz, hã, a feitiçaria através dos tempos em um caminhão de heresia num dos mais controversos e assombrosos filmes do início do cinema de terror. Tem bruxaria da brava, sabá, o Capiroto, e por aí vai…
Primeiro filme do Maestro do Macabro, Mario Bava, também inspirado na história de Gogol, essa obra-prima debute do cinema de terror gótico italiano traz a terrível vingança da bruxa Asa Vadja, condenada à morte por satanismo, e seu amado e comparsa, Javuvitch, trazidos acidentalmente de volta à vida. E tem a Bárbara Steele <3.
Image may be NSFW. Clik here to view.Gótica suave…
“Ai, mas a bruxa não aparece, mimimi”. FODA-SE! O pai do found footage moderno foi um verdadeiro fenômeno do cinema de terror, e não teve um lá no longínquo ano de 1999 que não passou um perrengue danado e acreditou naquela história da fita encontrada ser verdadeira e tudo mais.
Image may be NSFW. Clik here to view.Satanás, é você?
A obra-prima de Dario Argento, ponto! Um conto de fadas bruxas de horror, tendo o cinema de terror em estado bruto como arte, com todo fetiche do italiano pela imagem e apreço pela violência. AND uma galera praticando bruxaria pesada em uma refinada escola de balé alemã! Melhor filme do subgênero até…
Pois é, desancou o Argento, sorry! O longa de Robert Eggers esquece o fantástico e parte para o cru, brutal e visceral controverso período da Revolução Puritana na Nova Inglaterra do Século XVII, trazendo um horror atmosférico, pungente, satânico e desolador de uma forma poderosa, climática e assustadora. Black Phillip curtiu isso!
Image may be NSFW. Clik here to view.BAH BAH, Black Phillip
2006 /EUA, Canadá / 84 min / Direção: Glen Morgan / Roteiro: Glen Morgan / Produção: Marty Adelstein, Steven Hoban, Glen Morgan, Dawn Parouse, Victor Solnicki, James Wong; Ogden Gavanski, Kent Kubena, Satsuki Mitchell, Mike Upton (Coprodutores); Marc Butan, Bob Clark, Mark Cuban, Scott Nemes, Noah Segal. Todd Wagner (Produtores Executivos) / Elenco: Katie Cassidy, Michelle Tratchtenberg, Mary Elizabeth Winstead, Lacey Chabert, Kristen Cloke, Andrea Martin
Lá em 1974, muito antes de Michael Myers, Jason Voorhees, Freddy Krueger e todos os conhecidos assassinos slashers do cinema de terror pensar em existir, Bob Clark dirigiu Noite de Terror, o que pode ser considerado como a gênese do subgênero, responsável por influenciar John Carpenter e, por conseguinte, toda a galera vinda depois.
Na onda dos remakes dos anos 2000, aquela coisa incessante que não para mais até hoje, Glen Morgan, já estabelecido como um sujeito rentável do cinema de terror por conta da franquia Premonição, e bem conhecido por sua participação em Arquivo X, junto de sua parceria com James Wong (aqui o produtor), resolveu fazer o remake desse tal longa, no Brasil batizado de Natal Negro. Detalhe: segunda refilmagen do sujeito de um filme obscuro dos anos 70, sendo o primeiro, A Vingança de Willard.
Bom, Natal Negro, que tem Bob Clark como produtor executivo, é um slasher NHÉ, mas tem lá algumas coisas interessantes, por prestar uma homenagem ao original, aproveitar um pouco do momento selvagem do cinema de terror naqueles idos e colocar na tela, muito melhor que o movimento asséptico do slasher 2.0. do final dos anos 90 e começo de 2000, e ter uma cavalar dose de humor negro e exagero premeditado, como o modus operandi do serial killer em enfiar um saco na cabeça de suas vítimas e arrancar o olhos das órbitas com as próprias mãos, ao melhor estilo Lucio Fulci, e comê-los depois.
Na real, o roteiro, também escrito por Morgan é bem dos doentes. Nos 70’s um garoto chamado Billy nasce com a pele amarela por conta de uma doença no rim e sua mãe completamente lhoka o rejeita, sendo que apenas seu pai lhe trata com carinho e lhe dá presentes e biscoitos de Natal. Passado alguns anos, o menino testemunha sua mãe e seu amante matando seu pai e o enterrando no porão da casa e então ele é trancado no sótão, vivendo ali toda sua vidinha miserável, até chegar a adolescência, quando é abusado sexualmente pela mãe, que engravida e lhe dá uma filha/irmã, Agnes.
Image may be NSFW. Clik here to view.Só tenho olhos para você
Bom, tudo isso é bem o suficiente para Billy crescer um psicopata, e quando consegue fugir do cárcere privado, mata a mãe e o padrasto, fazendo biscoitos de Natal com seus órgãos e servindo a si mesmo na ceia junto com um copo de leite, e arranca um dos olhos da sua irmã/filha. Ele é declarado insano, preso em uma instituição psiquiátrica, o Asilo Clark (homenagem a Bob Clark) e Agnes é enviada a um orfanato. Essa é a linda história de Natal que Morgan tem a nos oferecer! Um fofo!
Nos dias atuais, Billy escapa do sanatório para passar a noite de Natal em casa, que hoje é morada da fraternidade Delta Alpha Kappa na Clement University. Na noite que vai rolar o amigo secreto, as moçoilas passam a ser perseguidas e assassinadas dentro da casa, enquanto uma forte nevasca cai lá fora, naquele mesmo esquema slasher movie de sempre, pelo psicopata voyeur e que fica passando trotes para as irmãs. O final reserva aí um plot twist meio óbvio, mas tá valendo.
O que importa é que Natal Negro pode não ser uma obra-prima, mas é divertido, descompromissado, um tiro curto (inclusive por conta de sua duração) e acerta naquilo que se propõe principalmente pelo teor de homenagem misturado a auto sátira do gênero e do exagero slasher, e o humor negro, que inclusive esteve bem presente na obra de Clark (lembra que o cara dirigiu Porky’s depois?) e tem lá sua dose de violência gráfica, apesar de certa repetição nas mortes, e todas com um viés cômico, e melhor que os assassinatos espalhafatosos os quais o subgênero ficou famoso. Bom para assistir em uma noite de natal.
Image may be NSFW. Clik here to view.Homem do saco
2006 / Nova Zelândia / 87 min / Direção: Jonathan King / Roteiro: Jonathan King / Produção: Philippa Campbell / Elenco: Nathan Meister, Peter Feeney, Danielle Mason, Tammy Davis, Oliver Driver, Tandi Wright, Glenis Levestam
Deve haver alguma coisa na água da Nova Zelândia! Pois não é possível a capacidade impressionante daquele povo em fazer filmes gore, splatter e escrachados, como se fosse uma tradição daquela pequena ilha da Oceania. Tradição que começou com Peter Jackson e seus Trash – Náusea Total e Fome Animal, influenciado por Sam Raimi, pelos italianos e o ozploitation, até chegar no nonsenseOvelha Negra, e hoje em dia, nos trazer gratas surpresas como Deathgasm.
Gente é sério, isso aqui é um filme sobre OVELHAS MUTANTES CARNÍVORAS ASSASSINAS! O-VE-LHAS!!!! Não tem como ser ruim! E vejam só, quando pensamos nos eco horror mais bizarros do cinema, lembramos logo da Asylum, mas Ovelha Negra é Cidadão Kane perto dos filmes da defenestrada produtora, porque além de se assumir desde o começo como uma bagaceira, ele ainda tem os efeitos especiais desenvolvidos pela Weta Workshop, SÓ a empresa de Peter Jackson que fez as trilogias O Senhor dos Anéis e O Hobbit.
E os efeitos visuais são a cereja do bolo de Ovelha Negra. As cenas das ovelhas atacando sua vítimas, claro que despertam o riso proposital a princípio, mas ela são das mais bem feitinhas, além das propositalmente toscas, misturando CGI e animatrônicos, e o gore tá lá, ao melhor estilo neozelandês de se fazer cinema de terror, em todo seu potencial, com baldes de sangue a rodo enquanto os caprinos atacam.
O que importa mesmo é que o roteiro escrito pelo também diretor Jonathan King é hilário. Ovelha Negra é aquele tipo de filme divertidíssimo, para assistir com os bróders em uma sessão de trasheira, e o melhor de tudo é colocar como vilão (pelo menos o vilão prático, já que teremos aí o dedo inescrupuloso do homem, claro) exatamente os adoráveis animaizinhos que nos fornecem lã. Não é nem o caso de um bode, tipo nosso amigo Black Philliip de A Bruxa, são ovelhas fofas, transformadas em uma ameaça carnívora, quase tão impiedosa quanto sua flatulência que vem causando estragos na Camada de Ozônio (piada escatológica recorrente no filme).
Image may be NSFW. Clik here to view.Onívoras, né?
O filme começa trazendo a infância dos irmãos Henry e Angus Oldfield, respectivamente mais novo e mais velho, que vivem em uma fazenda de ovelhas, quando Angus, um adolescente dos mais sacanas, prega uma peça em seu irmão após matar sua ovelha favorita e vestir sua pele, exatamente no mesmo momento que descobrem que seu pai morrera em um acidente num penhasco. Henry então somatiza o trauma e passa a desenvolver um medo primal dos bichos (é sério, isso!) chamada por sua terapeuta de ovelhofobia.
Elipse de tempo, ambos agora adultos, Angus tornou-se um empresário corrupto, que controla a fazendo dos pais e Henry é obrigado a retornar para concretizar a venda da sua parte. O que ele não sabe é que Angus anda fazendo experiências genéticas com as ovelhas e dois ativistas pretendem sabotar seus planos. Só que um deles rouba uma cobaia que num deu lá muito certo – que eu truco se não foi propositalmente inspirada no infame Macaco Rato da Sumatra – que acaba escapando e mordendo um desses ativistas, e mais tarde, uma ovelha ali nos campos de pastoreio.
Não dá outra: o sujeito se transforma num tipo de OVELHOMEM, criatura tosquíssima híbrida humana com ovelha, e os demais caprinos do rebanho se transformam em monstros assassinos tarados por carne humana. YEAH! O ápice é quando Angus, também já infectado nessa altura do campeonato, fará uma apresentação para um grupo de investidores, e todos são atacados pelos animais, numa cena hilária de bagaceira com sangue à rodo. E no final, haverá um confronto final entre irmãos, com direito a mutilação por uma hélice de avião!
Não dá para se levar a sério, e isso nós sabemos que é um verdadeiro trunfo de uma produção como essa, que é bem feitinha, e juntando tudo faz com que Ovelha Negra seja divertidíssimo, para nenhum fã do tosco e do gooooooore botar defeito, e com aquele toque especial vindo da Nova Zelândia, a Terra Média do mundo!
Image may be NSFW. Clik here to view.TREMEI, Black Phillip!
Exibição ainda será ampliada esta semana, com a benção de Black Phillip
Mesmo causando polêmica e dividindo opiniões – tem gente que amou, e tem gente que odiou, a maioria por conta dos motivos que a gente já apontava que eles não iriam gostar aqui no nosso review, fato – A Bruxa faturou – com a benção de Black Phillip – mais de R$ 2 milhões de reais de bilheteria em seu final de semana de estreia no Brasil, segundo o Filme B.
E isso com uma exibição restrita, que começou com 97 salas na quinta-feira, pulou para 142 na sexta, e chegará a 200 salas esta semana. Para se ter uma ideia e fazer aí uma conta básica sobre o valor arrecadado em um número tão baixo de salas, Invocação do Mal, um dos filmes de terror de maior bilheteria recente no país, dirigido por James Wan (que teve gente que disse que A Bruxa nas mãos dele, e não de um “desleixado” como Robert Eggers, seria um filme bom, juro!) chegou ao circuito em 400 salas e faturou R$ 4 milhões no final em sua estreia. Tire a média aí…
Segundo a Assessoria de Imprensa da Universal Pictures, distribuidora do longa, a estreia de A Bruxa foi bem melhor do que estimado, e esse aumento do número de salas é por conta da grande demanda do público, o que chega a ser um número considerável para um filme de terror, ainda mais independente.
E vale lembrar que o filme custou 3,5 milhões de dólares e faturou até agora mais de 22 milhões de verdinhas no mundo todo!
Haters gonna hate! :P
Image may be NSFW. Clik here to view.Cadê os haters que estavam aqui?