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Channel: Marcos Brolia – 101 Horror Movies
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Kevin Williamson produzirá ficção com H.G. Wells para a TV

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Roteirista de Pânico e Eu Sei o que Vocês Fizeram o Verão Passado adaptará o livro “Time After Time”, que traz as aventuras de um jovem Wells e sua máquina do tempo


Kevin Williamson é um nome bem conhecido dos fãs do horror e de séries em geral. Para a telona, ele foi, junto de Wes Craven, o sujeito responsável por reinventar os slasher movies na segunda metade dos anos 90, com Pânico, e escrevendo o roteiro de seus variados derivados, como Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado, Halloween H20 – Vinte Anos Depois e Prova Final, entre outros.

Para a telinha, ele foi produtor executivo de Dawson’s Creek, The Vampire Diaries e The Following, e agora irá escrever e produzir para a ABC a série Time After Time, baseada no livro homônimo de Karl Alexander, segundo o Deadline,

Usando como base o livro lançado em 1979 e também sua adaptação cinematográfica, Um Século em 43 minutos (estrelada por Malcolm McDowell e dirigida pro Nicholas Meyer) a trama narrará as épicas aventuras do jovem escritor H.G. Wells e sua máquina do tempo. No livro, assim como no longa metragem, Wells persegue Jack, o Estripador no Século XX, quando o serial killer usa a sua invenção para viajar ao futuro.

A produção será da Outerbanks Entertainment de Williamson em associação com a WBTV. Ainda não há data prevista para sua estreia.




Novo vídeo do reboot multiplayer de DOOM

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Avô dos FPS ganha nova versão multiplayer para sair estourando a cabeça de demônios espaciais por aí


Quem adorava jogar DOOM no PC quando moleque, e continua uma gamer assíduo, vibrou quando foi anunciado o reboot do avô dos FPS (first-person shooter) e melhor ainda, com modo multiplayer!

No vídeo abaixo, com comentários do produtor executivo Marty Stratton (em inglês), você pode conferir as armas fodonas, rápidos movimentos verticais, pulos duplos e o melhor de tudo: A FUCKING HABILIDADE DE SE TRANSFORMAR EM UM DEMÔNIO ESPACIAL! CHUPA CoD!

Modos irão incluir Domination, Clan-Arena, and Freeze-Tag. Todas as habilidade de single-player poderão ser transferidos para multiplayer, incentivando também a experiência dos jogadores no modo história.

Doom foi desenvolvido pela id Software e será lançado pela Bethesda Softworks no ano que vem para PC, PS4 e Xbox One.


720 – A Espinha do Diabo (2001)

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El espinazo del Diablo / The Devil’s Backbone


2001 / Espanha, México / 106 min / Direção: Guillermo Del Toro / Roteiro: Guillermo Del Toro, Antonio Trashorras, David Munõz / Produção: Augustin Almodóvar, Bertha Navarro; Michel Ruben (Produtor Associado); Rosa Bosch (Co-Produtora); Pedro Almodóvar, Guillermo Del Toro (Produtores Executivos) Elenco: Marisa Paredes, Eduardo Noriega, Federico Luppo, Fernando Tielve


“O que é um fantasma? Um evento terrível condenado a repetir-se eternamente?” Essa pergunta é o início de A Espinha do Diabo, e o que guia a ideia e os personagens desse excelente drama sobrenatural do renomado diretor mexicano Guillermo Del Toro, produzido pelo aclamado Pedro Almodóvar.

Uma produção pouco usual, que ao invés de apelar para sustos baratos e aquele velho clichê de uma história corriqueira com um espírito vingativo, trabalha muito bem seus personagens em uma sintonia fina, ligando todos eles em uma intrincada teia, onde o tal fantasma é apenas um elemento do filme, que serve como uma metáfora para os horrores da guerra e a desilusão humana, presas para sempre em um espaço tempo contínuo, onde pode parecer impossível se livrar dele.

Explico: Durante a terrível Guerra Civil espanhola, que tirou a vida de milhares de pessoas que lutavam contra a terrível ditadura do general Franco, há um orfanato localizado literalmente no meio do nada, que serve de abrigo para os filhos dos combatentes. Ali as crianças são deixadas sobre os cuidados da diretora Carmen e do professor de ciências e médico Dr. Casares, que vivem uma espécie de paixão platônica não consumada, que chega até a doer na gente. Carlos é o filho de um desses revolucionários que morreram no front e é levado por seu tutor para ficar no orfanato.

Ao chegar ao local, Carlos começa a fazer amigos e ao mesmo tempo arrumar desavenças com Jaime, o típico garoto mais velho valentão. Sem arregar e sem deixar de se impor, Carlos aos poucos vai conseguindo controlar a situação. Isso com os vivos, porque ele também começa a vislumbrar a presença de um fantasma no local, conhecido pelos meninos como “aquele que sussurra”.

Árido horror

O fantasma é na verdade de Santi, um garoto que perdeu a vida sob circunstâncias misterioras, que só serão reveladas no terceiro ato. Além das crianças, também vivem no orfanato Jacinto, um faz tudo, que tem uma relação com Conchita. Os quatro personagens adultos desenvolvem uma espécie de quadrilátero amoroso, pois Jacinto é uma espécie de michê de Carmen, que desde os 17 anos, é responsável por dar prazer a ela.

O desenvolvimento da relação desse quadrilátero, e a cobiça inescrupulosa de Jacinto, que na verdade está interessado em roubar o ouro que os revolucionários deixam ali guardado para manter a causa, é que vai ser determinante para o futuro do orfanato e afetará a vida das crianças, depois que uma terrível tragédia se abate ao local, quando o tutor de Carlos é capturado e executado e o Dr. Casares decide organizar uma fuga às pressas.

Muito mais preocupado em desenvolver o potencial humano de seus personagens e jogá-los em rodas de sentimentos díspares, Del Toro magistralmente vai construindo uma narrativa arrastada, como todo bom filme de fantasma deve ser, sem cair na armadilha de sustinhos fáceis, trabalhando de forma muito sóbria o contraponto entre luz e sombra e os nuances de cores das áridas e ensolaradas manhãs e tardes com as frias, escuras e sinistras noites nos corredores e aposentos do orfanato, por onde Carlos tem seus assustadores encontros com Santi, que como todo bom fantasma que se preze, está sedento por vingança.

O medo é a grande força motriz de A Espinha do Diabo. A presença de Santi, por mais amedrontador, é apenas mais um sintoma de viver em um país desolado, sem esperanças e com uma população sem direitos.  E esse meio-ambiente hostil gera uma grande carga dramática em seus personagens, já que cada um carrega seu demônio pessoal, que pode vir na forma da própria violência da guerra, da inocência perdida, de uma paixão não correspondida, da vergonha, ou da ganância, e todos esses sentimentos aflorados e potencializados por um confinamento forçado, levam a atitudes extremas. E seja através da presença de um espírito ou do próprio conflito, a morte e nossos traumas estão sempre ali presentes, como um inseto preso no âmbar.

Acredita em fantasma? Hein?


Garota faz sexo com fantasma no teaser de Lace Crater

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É isso mesmo que você leu! Uma bimbada com o encosto que irá trazer consequências terríveis!


O cinema de terror é criativo pacas, isso temos de concordar. Depois de inventarem o “encosto DST” no ótimo Corrente do Mal, agora é a vez das vias de fato acontecerem com um… FANTASMA!

Lace Crater, horror indie sexual dirigido e escrito por Harrison Atkins estreia no Festival de Toronto e está disponível um teaser que mostra as consequências assustadoras de se dar umazinha com um espírito zombeteiro. Pegue a sinopse:

Uma estranha garota de vinte e poucos anos começa a sofrer algumas estranhas mudanças físicas e psicológicas após um encontro de fim de semana – com um fantasma – neste encantador e lo-fi drama de horror sobrenatural com toques de comédia.

O longa conta com Lindsay Burdge, Jennifer Kim, Joe Swanberg e Keith Poulson no elenco:


Festival de animações de terror no MIS

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Festival Amaldiçoados traz diversas animações sombrias de horror, suspense e outros gêneros dos dias 24 a 26 de setembro, além de programação especial sobre extraterrestres


Para os fãs de animação e terror, acontece em setembro a sexta edição do Festival Animaldiçoados, que leva ao MIS, Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, diversas animações de horror, suspense e outros gêneros dedicados ao público adulto. O Festival acontece nos dias 24, 25 e 26 no Auditório LABMIS, com capacidade de 66 lugares.

A programação do festival é composta por retrospectivas, competição internacional, programas dedicados a filmografias de animadores e o programa especial de animações sobre extraterrestres, tema desta sexta edição. Os aliens e outros seres extraterrestres sempre despertaram o fascínio e curiosidade de muita gente.

Novos cineastas e produtores independentes também mostrarão seus filmes e terão contato com outras produções e profissionais do universo de animação de terror, horror e suspense para adultos no Brasil. O público poderá assistir com exclusividade às estreias nacionais e internacionais. As animações serão analisadas pelo Júri Técnico e pelo Júri Popular, e o Centro Técnico Audiovisual do Ministério da Cultura irá premiar o Melhor Animaldiçoado Brasileiro. Para o Animaldiçoados 2015 foram selecionadas 62 animações: dois longas-metragens, 47 animações para a competição de curtas-metragens e 13 animações para os especiais 2015.

Os ingressos custa R$10 (inteira), R$5 (meia) e estarão à venda na Recepção do MIS (terças a sextas, das 12h às 21h30h; sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h30) ou por meio do site: www.ingressorapido.com.br. Classificação indicativa, 18 anos. O MIS fica localizado na Avenida Europa, 158 – Jardim Europa, São Paulo. Outras informações no evento do Facebook: https://www.facebook.com/events/1477056615929270/

Confira a programação abaixo:


24 DE SETEMBRO DE 2015, QUINTA
12h – O APOSTOLO
13h30 – CURTA 1
15h -CURTA 2
16h30 – ON THE WHITE PLANET

25 DE SETEMBRO DE 2015, SEXTA
12h – O APOSTOLO
13h30 – CURTA 3
15h – ESPECIAL BURACO NEGRO + GALÁXIA DE BRITO
16h30 – CURTA 4

26 DE SETEMBRO DE 2015, SÁBADO
12h30 – ESPECIAL BURACO NEGRO + GALÁXIA DE BRITO
14h – CURTA 4
15h30 – CURTA 3
17h – CURTA 2
18h30 – CURTA 1
20h – ON THE WHITE PLANET



Nova foto do vilão do filme de Rob Zombie

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Roqueiro metido a diretor afirma em seu Facebook: “Prevejo que ele será o próximo grande vilão do horror”. Ahan, Rob…


Os filmes do Rob Zombie são oito ou oitenta, isso é fato. Você pode odiá-los (como a heresia que ele cometeu em Halloween) ou você pode amá-los (como o fodástico Rejeitados pelo Diabo). Incólume você não passa.

Ontem o roqueiro metido a diretor postou uma nova foto de DOOM-HEAD, vilão de seu novo filme, 31, interpretado por Richard Brake, que você confere abaixo. Além disso, o sujeito, na maior humildade, escreveu o seguinte:

Novidades em 31! DOOM-HEAD (aka Richard Brake) não brinca em serviço. Esse sujeito é um intenso filho da puta.

Eu prevejo que ele será o próximo grande vilão do horror.

Ahan, Rob. Sentá lá… Beleza que o Otis ou o Capitão Spaulding são grandes personagens e tal, mas PRÓXIMO GRANDE VILÃO? Sei não…

31, que estreia somente em 2016, segue cinco funcionários de um parque de diversões que são raptados na noite da véspera do Halloween e são mantidos reféns em um abrigo secreto conhecido como “Murder World”. Uma vez lá, eles têm apenas 12 horas para sobrevier a um terrível jogo chamado “31”, quando misteriosos maníacos mascarados, vestidos de palhaço, serão soltos para caçá-los e matá-los.

 

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Siren da vida real em vídeo

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Equipe de câmeras filmaram uma visita pela assustadora cidade abandonada que o famoso survival horror para PS2 se baseou.


Confesso: Siren (ou Forbidden Siren como também ficou conhecido) é o jogo mais assustador, legal e difícil que já joguei, lá nos meus tempos de PS2 em meados dos anos 2000.

Desenvolvido e publicado em 2003 pela Sony, o survival horror trazia a história de um misterioso e segregado vilarejo preso entre o tempo e o espaço durante uma maldição de três dias, sob o ponto de vista de vários personagens. Em uma atmosfera completamente tétrica, Siren se tornava ainda mais assustador por conta de sua ambientação em uma cidade pra lá de sinistra.

Eis que uma equipe de câmeras resolveu visitar (e gravar!) a cidadezinha real que inspirou a ficcional Hanuda dos games. Chichibu é uma cidade da Prefeitura de Saitama, no norte de Tóquio, completamente abandonada e como diriam os americanos: creepy as hell.

Veja as filmagens abaixo e me responda: você teria coragem de dar um rolê neste lugar?


Veja o trailer de Doce Vingança 3

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Terceiro filme da trilogia de rape and revenge é continuação direta da refilmagem de 2010 e acompanha Jennifer na caçada a um assassino estuprador.


Em 2010 chegou aos cinemas Doce Vingança, refilmagem do clássico do rape and revenge de 1978, A Vingança de Jennifer. O remake gerou uma sequência em 2013 e agora em 2015, será lançado um terceiro (???!!!) filme da série: I Spit On Your Grave 3: Vengeance is Mine, ainda sem título no Brasil.

Continuação direta da primeira fita, Sarah Buttler retorna ao papel de Jennifer Hills, no filme dirigido por R.D. Braunstein, que ainda contará com Jennifer Landon, Doug McKeon e Gabriel Hogan no elenco. Na sinopse, uma pegada meio Charles Bronson:

Jennifer Hills continua atormentada pelo brutal ato de violência sexual sofrido anos atrás e tenta retomar sua vida após mudar de identidade e cidade e relutantemente se juntar a um grupo de apoio a mulheres vítimas de estupro. Mas quando o assassino e estuprador de sua nova amiga é libertado, Jennifer irá caçá-lo e fazer o que o sistema não fez – pagar por seus crimes da forma mais horrível imaginável. Só que desta vez, nenhum júri do mundo será capaz de absolvê-la.

O longa será lançado pela Anchor Bay Entertainment e chega aos cinemas americanos em alguns cinemas selecionados em 09 de outubro e DVD, Blu-Ray e VOD em 20 de outubro. Veja o trailer completo abaixo:



721- Hannibal (2001)

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Hannibal


2001 / EUA, Reino Unido / 131 min / Direção: Ridley Scott / Roteiro: David Mamet, Steven Zaillian (baseado no livro de Thomas Harris) / Produção: Dino de Laurentiis, Martha de Laurentiis, Ridley Scott; Terry Needham (Produtor Associado); Branko Lustig (Produtor Executivo) / Elenco: Anthony Hopkins, Julianne Moore, Gary Oldman, Ray Liotta, Frankie Faison, Giancarlo Giannini, Francesca Neri, Zeljko Ivanek


 

Tenho que confessar que tenho uma sensação dúbia com relação a Hannibal, principalmente a cada revisitada, e ainda mais agora depois da absurdamente foda série injustamente descontinuada.

É certo que grande parte de público e crítica metem o pau no trabalho grosseiro de Ridley Scott. É o problema da história fraca que relega o brilhante Hannibal a psicopata qualquer e quase um anti-herói, é toda a densidade e diálogos afiados de O Silêncio dos Inocentes que foram para o saco, é a falta total de química dos protagonistas, uma Julianne Moore, que apesar de incrível atriz, não convenceu como Clarice Starling (sdds Jodie Foster) e até hoje é estranho vê-la nas telas no papel, e o maldito crush do Dr. Hannibal “Canibal” Lecter, que não está lá em sua melhor forma perto do primeiro e do terceiro filme (e hoje em dia, poxa vida Hopkins, prefiro Mads Mikkelsen, desculpa aé), com a agente do FBI.

Tudo isso eu concordo em gênero, número e grau. Mas tem lá o outro lado da moeda. O filme é brutal, sujo, sem o mínimo da classe do longa de Jonathan Demme, mas com uma boa dose de gore e selvageria (tipo o cara sendo enforcado com o peito aberto e as tripas caindo no chão e aqueles porcos selvagens comedores de gente) e beleza, é nisso que eu tento me apegar para conceber algum motivo para assistir e defender a fita. E claro, no Mason Verger de Gary Oldman, irreconhecível sob pesada maquiagem, que está ótimo.

Tirar uma lasquinha ganha outro significado
Tirar uma lasquinha ganha outro significado

Fato é que apesar da banalização de Lecter, livre, leve e solto na Itália, renegado a um assassino comum sem o mínimo de frieza, refinamento e gosto peculiar, que nos acostumamos a ver em Mikkelsen nos últimos três anos, a primeira metade de Hannibal ocorre até que de forma razoável, principalmente a investigação do Inspetor Rinaldo Pazzi (Giancarlo Giannini, excelente) que almeja levar uma grana preta de recompensa por entregar o bom doutor.

O duro mesmo é a metade final quando todos os envolvidos tentam forçar a barra e coloca-lo como herói, alçando-o a protagonista (sendo que ele sempre foi coadjuvante nos dois livros anteriores e nas adaptações cinematográficas por conseguinte), quando ele, um dos 10 criminosos na lista dos mais procurados do FBI, milagrosamente consegue entrar nos EUA e parte em busca de seu rabo de saia preferido, perseguido pelos capangas de Verger. E claro, a forçada de barra monumental do Ray Liotta comendo o próprio cérebro, numa cena que deveria ser chocante, mas é patética na real e provoca risos e da mó vergonha alheia do veterano ator.

Nessa segunda metade, só o jantar dos porcos selvagens se salva pela sangreira e insanidade. Sem contar a súbita, não mais que repentina crise de consciência do médico de Verger que num estalar de dedos joga o patrão de anos para virar lavagem. Além de tudo o que mais impressiona é a inépcia de Clarice Starling, brilhante e promissora agente do FBI de outrora, responsável por pegar o famigerado Buffalo Bill, transformando-se em uma personagem relegada a segundo plano, que fica boa parte do filme no porão do Bureau ouvindo as fitas das conversas entre ela e Lecter, gravadas clandestinamente pelo Dr. Chilton, como uma adolescente apaixonada, e ficamos com a impressão de que ela não serve para absolutamente nada, não tem o menor tino de agente federal (e ainda se encrenca no início por conta de um desastrado tiroteio) e está lá apenas para ser o par romântico do canibal.

Cordeeeeeeeeel
Cordeeeeeeeeel

Um verdadeiro ultraje que Foster sabiamente evitou, assim como Jonathan Demme não quis retomar a continuação, aguardadíssima depois de O Silêncio dos Inocente abocanhar as cinco principais categorias do Oscar® dez anos antes. Aliás, o roteiro chegou a ser reescrito QUINZE VEZES, para tentar ganhar a aprovação de todos os envolvidos no primeiro longa, e sabemos que falhou miseravelmente. Até Hopkins titubeou em voltar a viver o canibal e os produtores chegaram a considerar Tim Roth para seu lugar. Não sei mesmo o que pensar dessa notícia. Pelo menos o tosquíssimo final do livro de Thomas Harris, por Jeová, foi modificado na película.

Voltando a falar um pouco da série, durante a segunda e a metade da terceira temporada, alguns elementos do livro foram utilizados, e ajuda até um pouco a entender alguns subplots jogados ao vento em Hannibal, como por exemplo, o citado caso de “Il Monstro”, investigado por Pazzi e que envolvia a estada de Lecter na Itália, e outros que nem foram utilizados, como a presença de Margot Verger, a irmã de Mason, completamente removida da trama.

Bom, Hannibal só não leva o posto de ser o pior da cinesérie, incluindo aí também o não-oficial Caçador de Assassinos, por que anos mais tarde os produtores tiveram a infâmia de cometer o horrendo Hannibal – A Origem do Mal. Mesmo se redimindo com o ótimo Dragão Vermelho em seu ínterim.

À caráter
À caráter

 

 


Lady Gaga e Rammstein em novo teaser de AHS: Hotel

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Nova temporada da série estreia no FX em 07 de outubro, com transmissão simultânea no Brasil


A Internet anda sendo bombardeada ultimamente de novos trailers, teasers e sneek peaks com todo tipo da cafonalha de American Horror Story: Hotel, quinta temporada da série de antologia de terror de Brad Falchuk e Ryan Murphy.

O NONO teaser lançado traz tipo um videoclipe da música “Du Hast”, da banda alemã Rammstein, estrelado pela Lady Gaga. Para quem tinha Jessica Lange…

A trama gira em torno do Hotel Cortez, construído em 1930 pelo rico e charmoso, porém psicótico, James March (Evan Peters). O lindo hotel em art-deco é, na verdade, uma estrututa de labirintos construídos para esconder as atividades assassinas de March (pense em corredores sem saída, salas secretas, poços de elevadores sem fim…). A inspiração vem de H.H. Holmes, o primeiro serial killer americano.

Gaga irá interpretar a Condessa Elizabeth, uma glamurosa socialite que adquire o hotel nos dias de hoje, frequenta exposições de arte e desfiles de moda, mas mantém a forma com uma deita de sangue humano.

AHS: Hotel terá estreia simultânea no Brasil, dia 07 de outubro, no canal FX.


Xander Berkley será antagonista em The Walking Dead

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Ator de O Exterminador do Futuro 2, Busca Implacável e 24 Horas junta-se ao time de atores da série que estreia sua sexta temporada em 11 de outubro


Novidades no elenco da vindoura sexta temporada do novelão zumbi The Walking Dead: Xander Berkley, que interpretou o pai adotivo de John Conner em O Exterminador do Futuro 2, além de papeis em Busca Implacável e nas séries 24 Horas e Salem, será um novo antagonista a Rick Grimes e a sua patota, segundo o TV Line.

De acordo com o site, o personagem de Berkeley, que está sendo mantido em segredo, compartilha as mesmas características de Negan (mas não será o Negan!): seu narcisismo, ego inflado e necessidade de auto-preservação. É o tipo de cara que gosta de saborear a superioridade que vem com estar no controle, mas ele age com o tipo de encanto de um vendedor de carro.

Berkeley junta-se a Andrew Lincoln, Norman Reedus, Steven Yeun, Lauren Cohan, Melissa McBride, Chandler Riggs e a turma na segunda metade da série, que estreia no AMC no próximo dia 11 de outubro.

Abaixo, um trailer para ficar contando os dias para o retorno:


Vem aí a série de O Nevoeiro

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Christian Torpe irá adaptar o conto de Stephen King para a Dimension Television


O Nevoeiro, sem dúvida nenhuma, é um dos melhores contos do início de carreira do Stephen King e ganhou um SENHOR filme em 2007, dirigido por Frank Darabont (que também é uma das melhores adaptações baseadas nos textos do escriba do Maine, para constar).

A Dimension Television anunciou que é a vez da história do nevoeiro que traz terríveis criaturas dimensionais para nosso plano ser transformada em uma série de televisão, pelas mãos do escritor dinamarquês Christian Torpe, que, aparentemente, tem a benção do próprio Mestre do Terror.

Nenhum outro detalhe foi revelado, então é esperar as novidades, pois potencial, sabemos que a história tem muito, tanto no enredo de conflito do grupo díspar enclausurado no supermercado, quanto num possível futuro pós-apocalíptico dominado por aqueles esquisitos monstros abismais e a luta dos sobreviventes por suas vidas. Em contrapartida sobre séries inspiradas em King, três palavras: Sob a Redoma.



Veja pôster e trailer do neo giallo, Francesca

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Filme dos argentinos Luciano e Nicolás Onetti terá premiere no Festival de Stiges em outubro e remete aos bons e velhos tempos do terror italiano


Se você é fã da ultraviolência, dos assassinos usando luva de couro, aquele jogo de luz e sombra e de “todas as cores da escuridão” do Mario Bava, Dario Argento, Sergio Matino e cia limitada, você vai ter um ORGASMO vendo o trailer e a arte oldschool setentista do pôster de Francesca.

O neo giallo de Luciano Onetti, coescrito por ele e seu irmão Nicolás, entrou para a seleção oficial do Festival de Stiges, que acontece agora em outubro e tá todo mundo EXCITADÍSSIMO no trabalho argentiniano da dupla argentina (viu o que eu fiz aqui?), ainda mais depois de seu debute com Sonno Profondo (Deep Sleep – 2013), que possivelmente nunca chegará ao Brasil, mas você pode assistir ou comprar o VOD pelo Vimeo.

A sinopse oficial:

Faz 15 anos desde o desaparecimento da pequena Francesca, filha do renomado escritor, poeta e dramaturgo Vittorio Visconti e um psicopata começa a espreitar a comunidade alegando limpar a cidade das almas dos impuros. Moretti e Succo, detetives responsáveis por tentar solucionar o mistério em volta desses crimes dantescos passam a ser questionados pela ineficácia da força policial. Enquanto isso, Francesca parece ter retornado, mas ela não é mais a mesma garota que todos conheciam…

Delicie-se aqui junto comigo com o trailer e o pôster e vamos torcer para que a gente consiga assistir essa potencial maravilha ítalo-argentina de terror por essas bandas.

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Nicolas Cage devendo para o fantasma em trailer

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Pai busca pelo filho desparecido na noite de Halloween em thriller sobrenatural Pay the Ghost, do diretor de Eu, Christian F., 13 anos, Drogada e Prostituída.


Sabe a frase “devo não nego, pago quando puder”? Pois é, ela não se aplica muito bem aos fantasmas. É isso que Nicolas Cage descobre da pior forma possível no trailer internacional de Pay the Ghost, quando seu filho misteriosamente desaparece na noite de Halloween.

O filme é o novo longa do diretor alemão Uli Edel, o mesmo de Eu, Christian F., 13 anos, Drogada e Prostituída (EU SIMPLESMENTE ADORO ESSE TÍTULO EM PORTUGUÊS!!!!), As Brumas de Avalon e o indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, O Grupo Baader Meinhof.

Na sinopse:

Quando o professor de literatura inglesa Mike Lawford (Cage) leva seu filho, Charlie (Jack Fulton) a uma parada de Halloween, ele desaparece de maneira misteriosa. Um ano depois, Mike começa a ter visões de seu filho desaparecido e suspeita que há um link entre Charlie e centenas de outras crianças que sumiram na data. Conforme Mike começa a juntar as pistas, ele descobre algo mais terrível do que poderia imaginar…

O thriller sobrenatural com um dos atores canastrões mais adorados de Hollywood estreia em 25 de setembro nos cinemas dos EUA e será lançado em 26 de outubro em DVD e Blu-Ray. No IMDb, ele tem IMPRESSIONANTES 9,5 de rating (???!!!). Aqui no Brasil, nem título nacional e muito menos previsão de lançamento.

Dê um look no trailer e pôster abaixo:

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722 – Jason X (2001)

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Jason X


2001 / EUA / 91 min / Direção: James Isaac / Roteiro: Todd Farmer / Produção: Noel Cunningham; James Isaac (Coprodutor); Marilyn Stonehouse (Produtor Associado); James Isaac, Sean S. Cunningham (Produtores Executivos) / Elenco: Kane Hodder, Lexa Doig, Jonathan Potts, Lisa Ryder, Dov Tiefenbach, Chuck Campbell, Melyssa Ade, Barna Moricz, Dyla Bierk, Peter Mensah, David Cronenberg


 

Seguinte, Jason X é uma das maiores porcarias já feitas, vergonha alheia de níveis astronômicos (viu o que fiz aqui?) concordo, mas olhe, é melhor do que muitos outros filmes da franquia Sexta-Feira 13 que se levam a sério para cacete.

Jason X nasceu como bagaceira, viveu como bagaceira e morreu como bagaceira. Desde o começo ele é uma paródia de si mesmo, dos slasher movies, dos filmes e séries sci-fi B dos anos 80 e 90. Ele tira um barato com sua própria cara, é ridículo, cheio de situações esculhambadas, clichês vomitados em toda sua duração, CGI porquíssimo, roteiro chinfrim, atuações pavorosas, tem um Jason parrudo cibernético… Mas com mil diabos, essa sempre foi sua intenção!

Muito mais digno e louvável, com momentos devera engraçados de puro ridículo proposital, do que alguns outros longas da longeva cinesérie que realmente achavam que estava arrasando, como as partes 5, 7, 8 e claro, o infame Jason Vai Para o Inferno: A Última Sexta-Feira, aquele que ganha o troféu abacaxi com louvor.

Então é aquele tipo de diversão descompromissada para você assistir com os amigos entre um gole de cerveja e outro, um torresminho ou salame, e rir alto. Só que os defensores do puritanismo cinematográfico não conseguem entender isso. Assim como não conseguem entender A Noiva de Chucky e o O Filho de Chucky, por exemplo. Jason X apenas joga na nossa cara de fã o quanto é tosco e ridículo na verdade um morto-vivo praticamente indestrutível caindo aos pedaços que usa uma máscara de hóquei e mata adolescentes libidinosos em um acampamento que nunca foi fechado pela polícia.

Peraí? Cadê Crystal Lake?
Peraí? Cadê Crystal Lake?

E se o planeta Terra for para o saco e sucumbir a uma hecatombe nuclear, apenas as baratas e Jason sobreviverão! Mais ou menos essa é a moral da história. O serial killer, novamente vivido por Kane Hodder, após matar por volta de DUZENTAS pessoas, finalmente é capturado, só que um conluio de cientistas e militares, liderados por David Cronenberg (até o Rei do Terror Venéreo entrou no modo zueira never ends) querem estudar o incrível poder de regeneração celular de Jason e transformá-lo em uma arma militar.

Claro que dá errado, o cara escapa e acaba sendo colocado em estado de criogenia junto com a Dra. Rowan (Lexa Doig), e ambos são encontrados e reanimados em uma estação espacial mais de 400 anos depois. Jason irá então tocar o terror nos corredores de uma nave das mais toscas possíveis, e voltar a fazer, mesmo no futuro apocalíptico, o que faz de melhor: aumentar a contagem de cadáveres. Mais precisamente 28 (isso sem contar uma estação espacial inteira que explode), recorde para a franquia Sexta-Feira 13.

Coloque nessa conta uma das mais legais mortes da série, que é quando ele pega a cabeça da loirinha Kay (Lisa Ryder), a congela e depois quebra seu rosto em pedacinhos na mesa. Depois disso é o vilão matando gente a rodo com tudo que encontrar pela mente, com seu machete tradicional ou uma versão futurista, até ser completamente destruído por uma androide armada até os dentes e lutadora de artes-marciais.

Dominatrix
Dominatrix

Quando os sobreviventes pensam que o terror finalmente acabou, eis que umas paradas eletrônicas da nave fazem o Jason voltar à vida como um ciborgue todo cafúçu, com novo visual, nova máscara e ainda mais indestrutível do que normalmente. Sério, é absurdamente ridículo. Ainda bem que apenas no terceiro ato ele adquire essa versão Século XXV, que certeza faz os puritanos se contorcerem de raiva e se rasgarem todo.

Um grande momento de Jason X, sem sombra de dúvida, é a simulação de realidade virtual do Acampamento Crystal Lake nos anos 80. Hilário Jason olhando ao redor e encontrando duas campistas promíscuas que querem fazer topless e segundo elas mesmo, estão loucas para praticar sexo pré-nupicial antes de entrarem em um saco de dormir. Gosto assim, quando um filme tem a honra de aloprar a si mesmo e seus pares.

Confesso que quando Jason X foi lançado nos cinemas, eu tive um preconceito cavalar, me recusei a assistir e achava uma afronta a série e ao meu movie maniac preferido. Só depois de muito mais tempo eu assisti em uma das reprises da TV à cabo e entendi que na verdade ele é uma comédia que achincalha os slasher movies, o notável assassino e a própria série, sem se levar a sério desde o primeiro frame. Então, já que essa é a proposta, está valendo. Melhor do que um sujeito que não é o Jason matando gente doida em um hospício, enfrentando uma garota com poderes telecinéticos, viajando de barco para Nova York ou sendo transmitido como uma entidade ao comer seu coração.

Cafúçu cibernético
Cafúçu cibernético

 



HORRORVIEW – Digging up the Marrow (2014)

As Fábulas Negras na Seleção Oficial do Festival de Stiges

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Antologia nacional de terror será exibido no maior festival de cinema fantástico do mundo!


Motivo para o cinema de terror nacional comemorar e estourar a champagne, ou melhor, a sangria! As Fábulas Negras, antologia dirigida por Peter Baiestorf, Rodrigo Aragão, Joel Caetano e José Mojica Marins foi escolhido para a seleção oficial do STIGES Festival Internacional de Cinema Fantàstic de Catalunya, Sò o maior festival de cinema fantástico do globo.

Na trama, quatro garotos estão brincando de super-heróis no meio do mato, em um intervalo nas brincadeiras, eles passam a contar histórias repletas de suspense e terror, supostamente verídicas, envolvendo lendas urbanas e mitos do folclore brasileiro. Aragão dirige “O Monstro do Esgoto“, Baiestorf, “Pampa Feroz“,  Marins, “O Saci” e Caetano, “A Loira do Banheiro“.

Parabéns, pessoal e para o alto e avante com o terror nacional.

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Imagens e teaser do remake de Banquete de Sangue

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Seminal gênese do gore de Herschell Gordon Lewis ganha refilmagem pelo diretor Marcel Walz.


Banquete de Sangue, do diretor Herschell Gordon Lewis, primeiro filme gore do cinema de horror, vai ganhar uma refilmagem (ah, vá) comandada pelo alemão Marcel Walz, e que está sendo desenvolvida por meio de financiamento coletivo.Você pode até contribuir com a causa AQUI.

Taí um filme que realmente pode se beneficiar de um update, porque o original é uma bagaceira sem tamanho, tanto que até ganhou um Horrorcast. O filme promete uma boa dose de sangue e violência, e manter o humor negro e o camp da tosqueira original. Robert Rusler, Caroline Williams, Sophie Monk, e Sadie Katz estão no elenco e  Ryan Nicholson (Extraterrestrial, Motoqueiro Fantasma, A Batalha de Riddick e a série Sobrenatural) encabeça o departamento de maquiagem.

Confira abaixo sinopse, primeiras imagens e o teaser:

Fuad Ramses (Rusler) e sua família se muda dos EUA para a França, onde gerenciam um restaurante tipicamente americano. Como os negócios não andam bem, Fuad também trabalha à noite como segurança de um museu egípcio. Durante suas noites solitárias ele fica obcecado pela deusa Ishtar (Katz) e seus encantos o torna um assassino canibal. Para agradar a deusa ele começa a preparar um banquete com sangue, vísceras e órgãos de vítimas humanas para lhe oferecer um ritual de sacrifício.

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723 – Kairo (2001)

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Kairo / Pulse


2001 / Japão / 118 min / Direção: Kiyoshi Kurosawa / Roteiro: Kiyoshi Kurosawa / Produção: Ken Inoue, Seiji Okuda, Shun Shimizu, Atsuyuki Shimoda, Hiroshi Yamamoto; Yasuyoshi Tokuma (Produtor Executivo) / Elenco: Haruhiko Katô, Kumiko Asô, Koyuki, Kurume Arisaka, Masatoshi Matsuo


Dentre da prolífica leva dos J-horror da primeira metade do século passado, sem dúvida Kairo é um dos melhores exemplares e um dos grandes clássicos do subgênero, apesar de ser menos conhecido e muito mais marginalizado que seus pares mais famosos, como Ringu – O Chamado, Ju-On – O Grito e Dark Water – Água Negra, por exemplo.

Fato é que Kairo é um perfeito J-horror em sua construção, atmosfera assustadora e mensagem subliminar a ser passada, excelentemente construída de forma minimalista e repleto do que hoje chamamos de “clichês do gênero”, pecando somente por se estender demais na sua metade final, com um seríssimo problema de ritmo em seus trinta minutos finais que acaba por estragar o andamento da fita.

Como li por aí, Kairo faz pela Internet o que Ringu fez pelas fitas VHS, e acrescento, o que Telefone fez por celulares e Dark Water por prédios de apartamento. É a constante luta do Japão, e dos países orientais, tradicionalistas ao extremo, com preceitos religiosos ancestrais, contra o moderno, tecnológico, cosmopolita.

De castigo
De castigo

Kairo transborda, muito mais do que uma história de fantasmas asiáticos, um grito da sociedade nipônica contra a solidão e a alienação digital. E olhe que estamos falando de um filme de 2001, onde o vício de se estar conectado nem era tão frenético como nos dias de hoje, sem redes sociais, smartphones e tablets. Enquanto a tecnologia vindoura de aparelhos elétricos, circuitos e sinais de rádio traz facilidades para a vida moderna, nos diminui como sociedade e extenua nosso medo pela solidão, tal qual a própria morte o faz.

Tratando-se do cinema asiático de terror, ou em geral, o excêntrico toma forma, ganha gosto e ideias bizarras mostram-se malucamente aceitáveis, como a trama base de Kairo, onde basicamente os espíritos encontraram o meio mais improvável de chegar ao mundo dos vivos: pela Internet. Uma teoria gira em torno do fato de que uma hora, o além, ou o que quer que seja que exista no pós-morte, vai estar sobrecarregado, por ser de capacidade finita, e então os fantasmas começarão a procurar qualquer tipo de meio de comunicação e conexão para transbordar para outro mundo assim que sua dimensão atingir o estado de massa crítica.

Doidera que o diretor e roteirista Kiyoshi Kurosawa, baseado em seu próprio livro homônimo, começa a preparar seguindo duas linhas de história paralelas que irão se convergir no final: Duas jovens ficam preocupados com o sumiço de um colega que trabalhava em um disquete e deixara de atender suas ligações. Quando Michi (Kumiko Asô) vai visita-lo, o sujeito até outrora perfeitamente normal e sem crises de depressão, se suicida. Pronto, esse é o estopim para que suas presença fantasmagórica passe a rondar a Internet, assim como de outros que passam a cometer suicídio ao se conectar ou tornarem-se vítimas do pulso.

Deep web
Deep web

O estudante de economia Kawashima (Haruhiko Katô), uma verdadeira anta digital, resolve assinar um provedor e se conectar a Internet, e descobre que ela está infestada de espíritos e pede ajuda para a professora de computação Harue (Koyuki). Só que a mesma, assim como os outros, se verá obcecada pela força sobrenatural dos bits and bites, e toda uma escalada de acontecimentos e aparição de diversos fantasmas genuinamente assustadores, daquele jeito que só o J-horror soube fazer durante muito tempo, levará a humanidade que conhecemos ao caos absoluto, quase como uma hecatombe tecnológica, uma vez que estamos todos conectados e dependemos da informática, da tecnologia e da eletricidade.

Kairo é absurdamente climático, enervante, assustador. Além de toda a sua originalidade, e bizarrice obviamente, ele vai cozinhando o espectador em banho-maria e aterrorizando-o de acordo, misturando brilhantemente a boa e velha tradição xintoísta dos filmes do subgênero, momentos de silêncio, computação gráfica, e efeitos sonoros bem creepy. Só que como disse lá em cima, sua meia-hora final são quase que completamente descartáveis acometendo o público a uma entediante sequência de acontecimentos descartáveis e sem desenvoltura que quebra completamente o ritmo e choque iniciais.

Bom, como todo filme de terror asiático de sucesso naqueles tempos, Kairo obviamente teve sua versão americana lançada na Terra do Tio Sam, Pulse, lançado em 2006, com a eterna Veronica Mars, Kristen Bell, no elenco, e que vejam só, teve como co-roteirista, o saudoso Wes Craven. É uma verdadeira porcaria, só para constar, e ganhou mais duas sequências direto-para-o-vídeo distribuídos pela Dimension Extreme. Prefira o original, sempre.

Conectada
Conectada


TOPE NOVE – J-Horror

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O tema do TOPE NOVE dessa semana é o J-horror, aqueles filmes de terror vindos da Terra do Sol Nascente, com suas fantasmas cabeludas, vinganças, maldições, torturas, e tudo mais que o cinema de horror nipônico nos ofereceu de melhor!

Vamos lá?


9) O Gato Preto (1968)

Yabu no naka kuroneko / The Black Cat From the Grove

Duas mulheres são estupradas e assassinadas por samurais, tornando-se fantasmas vingativos que seduzem e matam brutalmente todos aqueles que passam pelo local

Luz na passarela que lá vem ela!

8) Kairo (2001)

Kairo / Pulse

Fantasmas passam a se manifestar pela Internet e equipamentos eletrônicos provocando uma onda de suicídio nos jovens conectados.

Tu-tu!

7) Dark Water – Água Negra (2002)

Honogurai mizu no soko kara / Dark Water

Drama sobrenatural onde mãe e filha de seis anos muda-se para um assustador apartamento com uma estranha goteira negra que se forma no teto da residência.

Não usou Tigre?

6) Ju-On – O Grito (2002)

Ju-On / Ju-On – The Grudge

Um misterioso e vingativo espírito de uma mulher possui e coloca na lista negra todo mundo que entra em uma casa mal-assombrada na qual ela reside.

Ah, quem nunca?

5) As Quatro Faces do Medo (1964)

Kaidan / Kwaidan / Ghost Stories

Antologia de quatro histórias de fantasmas baseadas no folclore japonês, inspirado pelo livro do irlandês apaixonado pela cultura nipônica, Lafcadio Hearn

AI QUE MEDA!

4) Inferno (1960)

Jigoku / Hell

Um grupo de pecadores envolvidos em casos de assassinato, vingança, trapaça e adultério irão se encontrar nas portas do inferno, condenados as piores danações por toda a eternidade

Tá calor, tá calor…

3) Audition (1999)

Ôdishon

Um viúvo faz uma audição para conhecer uma nova namorada e se envolve com uma misteriosa garota que na verdade não é nada daquilo que aparante ser e esconde um bizarro comportamento psicopata.

Isso que é empoderamento!

2) Ring – O Chamando (1998)

Ringu / Ring

Jornalista investiga a morte de sobrinha após assistir a uma estranha gravação em VHS que evoca um espírito vingativo que assassina o espectador em sete dias.

3D!

1) Onibaba – A Mulher Demônio (1964)

Onibaba

Mãe e filha vivem em condições de extrema subsistência no Japão feudal. Quando a filha se envolve com um vizinho que retorna da guerra, sua mãe, com ciúmes, veste a demoníaca máscara de um samurai que fica presa em seu rosto.

AI UMA BARATA!

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